O Denatran luta para tornar obrigatório o uso de simuladores de direção nos CFCs e os CFCs lutam para que a exigência seja extinta. Em defesa do uso do equipamento, o Denatran aposta na melhoria da capacitação do candidato. Na contramão, os CFCs baseiam-se em sua experiência de décadas para tentar dissuadir o Denatran da eficácia do aparelho. Assim como a exigência das “aulas noturnas” que teoricamente iria diminuir os acidentes de trânsito deram com os burros n’água, mais uma vez tenta-se provar ao órgão que o uso do simulador apenas encarecerá o processo de habilitação do usuário.
Existe simulador bom o suficiente para simular os buracos das vias de nossas cidades ?
Simulariam também corretamente a falta de educação dos motoristas ?
Simulariam como se portar em uma via sem sinalização alguma, como vemos na maioria das cidades ?
Quem já teve a oportunidade de brincar com videogames sabe que a simulação é irreal. Já pilotei um carro de fórmula 1 virtual e não me sinto capaz nem de dar a partida em um protótipo real.
Tirando o apelo comercial e a pressão que o Denatran está sofrendo dos fabricantes, não vejo mais nenhum benefício que o uso do aparelho possa trazer ao cidadão, a não ser onerar seus bolsos.
O Mário Kart não é a solução para o trânsito. A educação sim e para ela não há simulador. Ou se educa realmente, ou não se resolve o problema da formação do condutor.
Carlos Segura.
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